domingo, 18 de julho de 2010

Era uma vez...


Era uma vez uma menina que não gostava de sopa.
A sopa é muito quente, sempre a escaldar, e queimava a língua e o céu da boca, pensava a menina. Então, fazia sempre uma birra.
Um dia, o Pai da menina, para a distrair, contou-lhe a estória da raposinha matreira, uma raposinha que, “farta de migas ainda anda à cavaleira”…
O Pai fazia umas caretas tão divertidas a imitar a raposinha, que a menina foi comendo a sopa, colher atrás de colher, até esvaziar o prato fundo.
A Mãe ensinou-lhe que a sopa tem muitos vegetais: agriões ou espinafres ou couve portuguesa, ‘-Você já viu que bonito soa “couve portuguesa”, Matilde’?
Nina interpretou o silêncio da boneca como um sim. Um sim muito entendido e, continuou: ‘- A sopa também leva cebola, às vezes, batata, às vezes feijão ou grão e, tudo isto ajuda as meninas e os meninos a serem saudáveis, percebe Matilde?’
O silêncio entendido da boneca… Já adivinham o resto? Foi interpretado como?
Isso, como ‘um sim muito entendido’!
‘-Agora, sempre que a menina está a almoçar ou a jantar, come a sopa toda sem refilar. Percebeu Matilde?’
Nina encontrara alguém a quem contar tudo o que aprendia.
Ah?! Também querem saber a estória da raposinha arteira?
Essa fica para a semana, prometo contá-la, in tei ra!

P.S. O quadro, desta vez, é de Picasso

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